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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Deixe ela, que ela é especialista

Hoje quero dividir mais um episódio na minha vida, mais um desses aos trancos e barrancos, até finalmente obter algo tão sonhado e desejado. Há um tempo não escrevo assim, mas sempre é um novo dia para se retormar algo. A minha jornada em prol de uma especialização começou em 2012, no ano que me formei em Bacharel em Comunicação Social/ Jornalismo.
 
Procurei a Uninorte, uma instituição de Ensino Superior particular da minha cidade, paguei a inscrição para o curso Gestão de Marketing e Eventos, era o mais próximo das áreas que eu me identificava. A direção me avisou que haveria uma turma, mas que dependeria de fechar a quantidade de alunos. Nunca fechou a quantidade de alunos.

Eu sei que para algumas pessoas uma coisa é fácil, e essa mesma coisa para outras é difícil. Um curso de pós-graduação para mim, entrou na lista de coisas dificeis. 

Então essa parte da minha vida ficou parada. Passei um tempo desempregada e com alguns trabalhos temporários. Quando finalmente, chegou um dos momentos mais importantes da minha vida, um divisor de águas, eu fui chamada no Concurso Público para me tornar servidora da Universidade Federal do meu Estado.

O ano era de 2015, o sonho de ter uma especialização voltou a minha memória. E uma especialização que já havia sido anunciada no ano anterior, finalmente abria o processo seletivo para Asessoria em Comunicação e Política na própria instituição que eu trabalhava, fui selecionada, cursei, fiz todas as disciplinas, alcancei os créditos, inclusive com produção de artigos, mas... Já estava aguardando né, querido leitor? Não consegui realizar meu trabalho de conclusão, no prazo proposto e nem na prorrogação de um mês. E continuei sem especialização, dessa vez faltou muito pouco. Também coincidiu com o fato de em 2016 eu também ter passado para cursar Licenciatura em Letras Português. E uma pessoa procrastinadora como eu, com tantas coisas em mente, não conseguiu cumprir com o que tinha se proposto.

Foi um baque, porque da última vez que eu tinha passado pela experiência de ficar presa na fase do texto escrito de conclusão de um curso, eu havia conseguido na prorrogação, podendo tecer meu discurso de vitória e tenacidade para quem eu conhecesse, porém agora eu teria uma história diferente para dizer, uma de desistência - afinal, eu não continuei insistindo para me darem mais prazo para a conclusão - e de derrota, porque acabou que não concluí. Mas eu acredito que tudo serve de experiência e amadurecimento, ocorridos como esse não seria em vão.

Nesse meio tempo, priorizei o estudo do curso de ensino superior que eu havia iniciado. Mas em 2019, com as coisas sob controle, eu iniciei a minha 3ª tentativa de me tornar uma especialista. Me inscrevi para uma Especialização on-line em Literatura contemporânea, já que eu estava me graduando em Português, desse modo eu cursaria as disciplinas no meu tempo livre. O primeiro desafio foi assistir as video-aulas e fazer os testes, travava uma batalha pessoal, adiando e por fim assistindo e realizando as provas. Então, quando chegou na fase do artigo, após enviar a primeira versão do projeto, ficou por isso mesmo. Nunca enviei a versão corrigida e nem o artigo pronto. Um tempo depois, até cheguei a pedir uma extensão de prazo, com o intuito de escrever o artigo, mas que também não cumpri. 

Finalmente chegou o ano de 2022, e depois de muita reflexão em período pandêmico que o mundo atravessou, me inscrevi em outra Pós-graduação a distância on-line e que não exigia artigo na conclusão do curso, a especialização escolhida foi de Jornalismo digital e depois de algumas provas e video-aulas, me tornei uma especialista em 2023. Pude pedir progressão de carreira.

Após mais de dez anos e quatro tentativas, finalmente me tornei uma pós-graduada. E sabe o que é mais interessante? A conclusão desse Lato sensu se deu concomitantemente quando eu estava iniciando o meu mestrado em Estudos Literários por outra Universidade Federal. Eu nem tinha terminado o primeiro desafio ainda e já conseguia ser aprovada na primeira seleção de Strictu sensu que concorri, mas sobre isso, dá um texto só pra ela, fica para uma próxima ocasião.

Obrigada por ler até aqui!

Meu conselho é que sempre acredite nos seus sonhos, mas lembre-se que as perdas e as demoras também fazem parte do processo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Quatro anos depois

O tempo é um sopro
Ele passa rápido
Pois falta fôlego

Em um dia você tem inspiração para escrever
No outro dia você tem de novo inspiração para escrever (e coragem para publicar)
Só que de um dia para o outro se passaram quatro anos

Você mudou
Mudou porque o tempo passou
Mudou porque sentiu a necessidade
Talvez as pessoas terem dito para você mudar tenha contribuído
Mas sem a necessidade, sem as situações, sem as experiências, as mudanças não viriam

Mas a essência permanece a mesma
Seu interior é intocável

Algumas arestas
Algumas beiras
Foram aparadas
Retocadas
E modificadas

Você é de um jeito aos 23 anos
Você é do mesmo jeito, mas de um jeito diferente, aos 27 anos

Algumas coisas que se encontravam aqui não se acham mais
Outras coisas ainda estão, agora mais intensas
Mas têm aquelas que estão mais amenas

Quatro anos depois parece que não foi nada
E ao mesmo tempo foi Tudo

Quem nota as mudanças?
Você nota!
Alguns comentam!
Mas até onde elas vão?
Será que quando você for confrontada com tudo aquilo que evita, as mudanças ainda estarão aí?
Ou todas as arestas e beiras que foram aparadas, retocadas e modificadas crescerão em um milésimo de segundo?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Hoje eu sei dirigir!


Nossa! Já faz dois anos que eu tirei a minha primeira habilitação! Hoje em dia já é tão normal eu saber dirigir, minha família já conta comigo como motorista. Ando de carro pra cima e pra baixo. Mas só Deus sabe como foi difícil chegar até aqui.

Algumas pessoas até parece que possuem o dom de dirigir. Fazem as 15 ou 20 horas de auto escola, que é obrigatório pela lei, e aprendem a conduzir um veículo apenas neste período. E fazem o teste do Detran e já passam. Depois de algum tempo já estão com suas carteiras de motorista. Acho isso muito bonito, pena que comigo não foi assim.

Eu sempre tive vontade de saber dirigir carro, antes dos 18 eu já queria. Dizia que gostaria que no Brasil fosse igual aos Estados Unidos, que com 16 anos, a pessoa, já pode tirar carteira de motorista. Então meu pai me deu algumas aulas em ruas pouco movimentadas, depois me colocou na auto escola. Fiz minhas aulas teóricas, fiz o teste teórico e passei. Era fácil, não tive dificuldades. Aí passei para as aulas práticas, era difícil, o professor ficava estressado comigo, deu as 15 horas, e não consegui me sentir segura o suficiente, então fiz mais 5 horas, e fui fazer o teste prático na pista do Detran. Ninguém foi me acompanhar, nem meu pai e nem minha mãe. Estava tão insegura, triste, me sentindo sozinha, vendo as pessoas fazerem seus testes e não passarem (o que deixa a gente mais insegura, pensando que também não vamos passar) e outras conseguirem (o que não ajuda em nada, porque nos sentimos pressionados a também conseguir).

Finalmente, chegou a minha vez. Aquela pista apertada... Tendo que dirigir sozinha no carro, sem ninguém me dizendo o que fazer, (até aquele momento eu só tinha dirigido acompanhada, o que na hora acaba nos dando mais confiança, mas depois...). Estanquei duas vezes! E a funcionária tão "simpática" mandou eu sair do carro, sem maiores explicações. Fiquei sem entender nada, mas tive que reconhecer que não tinha passado. Puxa, é um momento tão difícil na vida da gente e eles nem se compadecem, tratando a gente com mais dignidade. É a vida! Sai de lá tão arrasada, só me despedi do instrutor e fui pegar meu ônibus de volta pra casa, às lágrimas.

E decidi que não iria fazer o teste enquanto não me sentisse bem confiante. E pra isso eu teria que passar mais tempo dirigindo, o que não daria pra ser através da auto escola. Haja dinheiro! Cada hora custa um absurdo. Imagine dezenas de horas, quanto custaria? Sem falar na impaciência de alguns instrutores, que faz é atrapalhar o aprendizado. Tive que esperar uns dois anos até meu pai ter condições financeiras de comprar um carro popular, já que ele só tinha uma caminhonete e não é a mesma coisa dirigi-la. E quando chegou o Pálio, eu o dirigia quase todos os dias, acompanhada do meu pai, em ruas pouco movimentadas, e também com o meu então namorado, de dezembro de 2007 a abril de 2008.

Segura o bastante para fazer o teste prático, procurei outra auto escola, e dessa vez foi tudo diferente. Passei no teste prático, confesso que não fui cem por cento no teste, perdi os três pontos que podia, afinal, aquela pista continuava apertada, mas recebi elogios do funcionário do Detran, quando passamos para as ruas. De tão confiante que estava com a minha direção, ele fazia ligações pelo celular enquanto eu dirigia. Demorei cinco meses para aprender a dirigir, mas aprendi (e mais alguns meses para me aperfeiçoar). Posso não ser a melhor motorista do mundo, mas hoje eu sei dirigir. E é tão bom dizer isso e viver essa realidade. Graças a Deus!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Você não é gorda, você é fortezinha...

Ser gordo é, definitivamente, muito ruim (principalmente quando você não se aceita, que é o meu caso). Mas ser magro e depois se tornar gordo é pior ainda (que também é o meu caso). Não sei se dá pra comparar com o caso daqueles que nascem cegos e aqueles que depois se tornam. Mas é complicado você experimentar uma coisa, sentir o gostinho da felicidade que é tê-la... e depois perdê-la.

Todas as minhas roupas que cabiam perfeitamente em mim, hoje estão apertadas, as costuras se desfazendo. Não passa da coxa ou não fecha na barriga, isso vale para saias, calças, bermudas e os vestidos mostram um certo volume na frente, que antes não existia (buchinho), do lado fica sobrando coisas que não cabem na saia (pneus). A blusa mostra um braço gordinho e ainda tenho que ouvir que estou musculosa. Celulites e estrias aparecem em locais que eu nem sabia que elas podiam nascer.

Todo mundo nota que estou com uns quilinhos a mais, delicados e solidários com a minha dor falam: "Você engordou né, Jocília?", "Você não está goooorda, só está fortezinha..." E o que a gente fala nessa hora? "Eu não sou forte, continuo com a mesma força, só o meu corpo está mais volumoso". Seria indelicado? Ou é melhor eu dizer "É mesmo quem perguntou? Vai cuidar da sua vida." É claro que eu não falo nenhuma desta coisas, é melhor assumir e concordar, afinal é verdade mesmo, eu engordei, minhas roupas não cabem mais em mim, há uma bochecha embaixo do meu queixo, eu estou 15kg acima do que eu costumava ter.

E o motivo sempre é inexplicável, afinal "eu continuo comendo do jeito que eu comia antes", "acho que são os remédios", "acho que é muito tempo sentada", "acho que é porque não estou fazendo atividades físicas" e a verdade é que eu passei a comer cada dia um pouquinho mais, sem perceber, sem notar, e quando dei por mim já era tarde demais.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A vida é tão complicada... Será?

A vida é muito complicada ou somos nós que a complicamos?


Se por um lado as pessoas possuem o direito de refazer suas vidas quando quiserem e com quem quiserem, por outro lado, sofremos tanto quando vemos isto acontecer. Quem tanto amamos construindo suas vidas sem nós.

Se por um lado as pessoas devem respeitar a nossa dor, para não nos fazerem sofrer mais, mas por outro lado, quem cuida da nossa felicidade somos nós mesmos, e se ficarmos procurando agradar os outros nunca seremos felizes.

Quem desama primeiro realmente é o vilão da história? E ele ainda possui deveres com quem ele terminou um relacionamento? Se ele colocou um ponto final, não é, justamente, pra poder continuar sua vida, independente do que ficou pra trás?

Nos achamos tão maduros, só porque ainda amamos e não terminamos um relacionamento do dia para a noite, como o outro fez. Mas em compensação somos tão imaturos, fazemos tantas besteiras, que depois nos arrependemos.

Somos tão exagerados, choramos, nos desesperamos, desabafamos nossa dor pra meio mundo e depois nos refazemos, reconstruímos nossas vidas, conhecemos novas pessoas e amamos novamente. E pra quê tanto alarde? Tantas lágrimas? Se tudo acabou bem e o ciclo de novo girou...

Porque somos dramáticos. Porque não vemos que nós somos os que complicam a vida. Tudo seria bem mais fácil se pudéssemos ter um olhar mais frio das situações que nos afligem. Mas peraê, quem demora a desamar, que a dor do amor não correspondido ainda bate no peito, não tem o direito de extravasar esta dor?

A vida é tão complicada... Será? Ou somos nós que a complicamos... Será?

quarta-feira, 25 de março de 2009

Então falarei...


Cá estou eu em uma oficina promovida pelo Rumos Itaú Cultural, na área de Jornalismo Cultural, mais precisamente sobre blogs, com Fábio Mallini, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), jornalista e mestre em Ciência da Informação/UFRJ. No 1º piso da Biblioteca da Floresta Marina Silva, desde 9 horas da manhã... E qual é a vontade que me dá? De fazer um blog. Então pronto! Aqui está ele. Um espaço para eu falar o que penso, gosto, entendo, não entendo, concordo, não concordo, acredito, amo, adoro, repugno, assisto, ouço, vejo, ou apenas um lugar para eu falar.